terça-feira, 28 de maio de 2013

Olhar o Mundo Ver a Criança

Olhar o Mundo Ver a Criança

1 a. Frase – “Uma boa parte dos estudos clássicos e atuais sobre as crianças de ontem e de agora não fugiu. muito à regra de capturá-los dos cotidianos de vida e de experiências peculiares do conviver entre elas e partilhar com os adultos de uma cultura, para as pequenas jaulas salas, ou para as “situações de laboratório”, onde em nome de uma constrangedora objetividade de pesquisa, se acaba por destruir a única coisa de fato objetiva em tudo: a naturalidade interativa que atravessa a misteriosa subjetividade e a criativa intersubjetividade com que as crianças vivem os seus mundos, em nossos mundos, quando livres de nós por alguns momentos elas conseguem ser o que são: crianças.” (p. 193).
Brandão cita pesquisa realizada sobre o comportamento e os relacionamentos entre animais, onde que um macaco preso em jaula tem uma conduta diferente dos demais que estão em seu habitat natural. Presos são infelizes e no seu habitat natural, em liberdade, eles estão em permanente recriação, sendo dessa mesma forma as crianças como cita a frase acima.
No meu entendimento as crianças nascem como uma “joia bruta” onde é necessário esculpi-las, em alguns momentos temos que ensiná-las a serem adultos, nossos costumes, cultura. Quando às capturamos do seu cotidiano, se sentem enjauladas, mas quando livres entram em seus mundos de fantasias e por muitas vezes acabam fazendo “travessuras”.

2 a. Frase - “Mas mesmo agora quando essa face cultural do mundo da criança e da educação se revela tão importante, temos um conhecimento ainda tão pequeno de que são as crianças e de como vivem propriamente nas culturas que inventam e criam dentro daquela que é nossa e oferecemos ou impomos a elas.” (p. 196).
O autor cita as contribuições de Piaget e de Vygostky que apontam para alguns novos caminhos, uma nova maneira de ensinar e compreender as crianças. Mostra que elas têm sua própria cultura.
Vejo que nós é que temos que aprender a compreender o mundo dessas crianças de como vivem, pois diante de todos os estudos que já temos, por exemplo, estudos de Piaget e Vygostky, ainda são os mais atuais. Mas as crianças mesmo tendo seus próprios mundos de fantasias, brincadeiras, são espontâneas, sonham mais alto, sem medo de sonhar. Elas têm a flexibilidade de começar a entender o mundo dos adultos.

3 a. Frase - “É difícil aos adultos compreenderem que na ordem das coisas, das palavras e dos gestos, “bagunça” e “algazarra” são apenas maneiras infantis e adolescentes criativas de dar ao mundo uma outra ordem”.
O autor fala que a criança gosta daquele lugar escondido e que lugares “civilizados” não é a sua preferencia, porque ter tudo “arrumadinho”, e a criança não pode tocar em nada, é odioso para ela. Diz que as coisas que são impostas devem ser “visto pelo os outros” do que “vivido por nós”.
A relação que faço é que tudo que é visto por nós adultos como limpo, arrumado, perfeito, no olhar da criança não se aplica, ela não. Para elas é odioso brincar numa sala toda arrumadinha. Tudo o que eles fazem tem um significado próprio, a sua lógica, não compreendido por nós. A forma de brincar e fantasiar as coisas faz parte desse cenário. Como a própria citação que o autor faz: “Eis e porque uma árvore pode virar uma nave espacial, um castelo ou ... uma árvore”, ou seja, a imaginação vai longe, e qualquer coisa que eu tenha, posso transformar em algo que eu pense como num conto de fadas.

4 a. Frase - “Para quem trabalha com a educação dentro da perspectiva comum às escolas cidadãs, poderá ser útil o compreender em quais mundos de fato as crianças vivem a repetição dos seus cotidianos, dia a dia, ciclo a ciclo.” (p. 202).
Brandão fala é importante pesquisar em que ambiente, sociedade, a criança convive, que são: o mundo da família, o mundo da comunidade, os grupos de idades e os grupos de interesses, mundo do trabalho e o mundo da escola.
Sabendo sobre a comunidade em que vive, o seu cotidiano, a família, entre outros, podemos compreender melhor nossos alunos, saber por que desenvolve determinado comportamento. Essa pesquisa também poderá ajudar no desenvolvimento de tarefas direcionadas, para que o objetivo de ensino seja alcançado.

5 a. Frase – “Em muitas casas é comum que crianças com menos de oito anos sejam iniciadas nos pequenos serviços domésticos das “ajudas” as mães e pais.” (p 206).
O autor fala sobre os círculos de relacionamentos que fazem parte do “mundo” da criança. Sendo o primeiro circulo de “vida de trabalho” que se inicia dentro da casa com pequenas tarefas.
No meu ponto de vista, esse circulo é vital, fazendo parte da educação, onde as pequenas tarefas desenvolve a criança na questão de ser responsável, valorização da família, sabendo que mais tarde na vida adulta não irá depender de outras pessoas para desenvolver qualquer tarefa relacionada a casa.

6 a. Frase - “O mundo da escola: este “mundo” completa a série dos quatro campos de círculos da vida cultural cotidiana de meninos e de meninas das comunidades populares. ” (p. 207)
O autor diz que o mundo da escola é um centro de transmissão de saberes e relacionamentos e que faz laços com a comunidade.
No meu ponto de vista, sem a escola hoje não há comunidade, pois ela que completa os círculos, faz a interligação, faz o aluno aprender a sua cultura. Os melhores relacionamentos de amizade que trazemos na vida são devido à escola, pois lá que tudo começa.

RESUMO DO TEXTO

O autor usa como ideias principais de sua obra duas frases de Maguerite Yourcenar sobre crianças: “vivem em um mundo que é delas; e essas relações, ninguém quer vê-las”.
Existem estudos, pesquisas, escritas e ensinadas em demasia sobre as crianças, mas ainda sabemos tão pouco sobre elas. São seres misteriosos, que já fomos um dia e não seremos mais e mesmo com todas as pesquisas realizadas, mais atuais são de Comenius, Pestalozzi, Rosseau, Wallon, Piaget, Vitgotky.
Alguns estudos foram feitos com macacos, onde eles foram retirados do seu habitat natural e enjaulados, e observou-se um animal triste e solitário, onde ao mesmo tempo observando animais em seu habitat natural se mostraram em permanente atividade. A mesma coisa acontece com as crianças quando retiradas do seu cotidiano, o seu “mundo”, onde são colocadas em “jaulas-salas”. Quando perdem a naturalidade de viver em seus mundos, pois somente livres de nós por alguns momentos elas conseguem ser o que são: crianças.
Precisamos de alguma foram devolvê-las aos seus mundos, aos momentos em que, sozinhas ou com “outras”, possam fantasiar e fazer suas “travessuras”.
Dentre estes estudos o autor salienta a importante diferença entre a abordagem de Piaget e Vygostky. Eles contribuem com o Construtivismo e Sociointeracionalismo, onde temos aprendido a ver as crianças em suas maneiras próprias de serem.
Piaget entende que a natureza psicológica de criança (a internalização), transforma-se em natureza sociocultural (a externalização). Já Vigotsky entende que a natureza sociocultural transforma-se em natureza psicológica.
Diante disso, deve-se tentar entender quem são essas crianças dentro de seus cenários e cenas socioculturais.
As crianças estão sempre formando seus círculos relacionamento com outras crianças, onde podem criar e recriar situações dentro da cultura em que vive. Cultura, onde existe um padrão, ao olhar das pessoas adultas, e as crianças devem ser socializadas para ser “alguém na vida”.
No depoimento de Paulo Freire em um escrito sobre a criança e seus mundos, relata que se aventurava nas arvores. Aprendeu a engatinhar, balbuciar, andar e falar na velha casa de quintal amplo. Brincava as fantasias que criava e aprendia o mundo ainda sem sentimento do dever. O chão foi seu quadro negro e os gravetos seu giz.
Ao citar Paulo freire, o autor entende que o mundo das crianças tem sua ordem sua própria ordem própria, sua lógica e não a dos adultos.
O autor cita a importância das escolas cidadãs, ao conhecer e compreender a realidade do mundo dessas crianças, dos cotidianos, dia a dia, ciclo a ciclo. Quase sempre elas vivem quatro espaços de vida e trabalho: o mundo da família, o mundo da comunidade, os grupos de idades de interesse, o mundo do trabalho e o mundo da escola.
O mundo da família que é composto por pai, mãe e filhos, ou acrescida de residentes familiares, avô, etc. É onde a criança vive os momentos mais decisivos de socialização.
O mundo da comunidade é o espaço entre a família e a vizinhança, a comunidade onde se vive ou onde eu moro. Existem espaços sociais que convive os grupos de interesse, é uma pequena trama de teias e rede de pessoas, de grupo de pessoas e de relação de aliança e conflito, onde a escola é uma instituição indispensável.
Os grupos de idade são formados por pequenos círculos culturais criados por crianças, adolescentes e jovens da mesma faixa etária.
Os grupos de interesse surgem através dos grupos de idade, onde se reúnem por interesses em comum, por exemplo: time de futebol.
O mundo do trabalho se inicia na casa da criança, onde ela começa a fazer pequenos serviços domésticos como “ajudas” às mães e aos pais.

O mundo da escola é uma unidade de laços, na comunidade possui papel fundamental, pois é uma unidade cultural de transmissão de saberes legítimo, um lugar de encontros e desencontros entre pessoas através de alguma proposta e convivência. Podemos dizer que do portão para dentro da escola está o “mundo da escola” e do portão para fora está o “mundo todo”. Então se questiona: como inserir a escola no mundo da vida cotidiana da comunidade?




Justificativa da Pedagogia do Oprimido

Justificativa da Pedagogia do Oprimido
O autor coloca que tanto o opressor como o oprimido são prisioneiros da desumanização: “A desumanização, que não se verifica apenas nos que tem sua humanidade roubada, mas também, ainda que de forma diferente, nos que a roubam, é a distorção da vocação do ser mais” (p. 30).
Ao praticar atos humanos, mais humanidade terá. Assim ao praticarmos a desumanidade, mais desumanos nos tornaremos. Portando quando um ser se sente superior, e pensa que tem a posse do outro, o trata como um ser insignificante, este estará praticando a desumanidade, e esse ser “menos”, quando tiver a oportunidade de ter o “poder” repetirá esses atos para demonstrar sua autoridade.
Ter a sua humanidade roubada é não ter liberdade para novas conquistas e assim o autor diz: “A liberdade que é uma conquista, e não uma doação exige uma permanente busca”. (p. 34)
Essa permanente busca é a marca do inacabamento, mas o oprimido acaba se acomodando e essa condição faz com que ele tenha medo dessa liberdade, onde eles não se sentem capazes de assumir riscos e buscar novos desafios. Podemos dizer que mesmo sendo inacabado, o oprimido tem medo de repressões e por isso tem medo de avançar em busca dos seus objetivos.
Para que essa libertação aconteça é necessária uma mudança, assim como um parto, onde nasce um novo homem pela superação, não sendo mais opressor ou oprimido, mas homem liberto.
Na visão do autor “Inauguram o desamor, não os desamados, mas os que amam, porque apenas se amam”. (p. 42)
A violência, tirania negação dos opressores é que faz os oprimidos homens proibidos de ser. Esse desamor recebe como resposta a violência. São homens que buscam o direito de ser.
O egoísmo do opressor apenas olhando para si, em busca do seu conforto, sem um olhar para o outro ser, é como um espelho, a imagem que se vê é a que reflete, então se reflito desamor verei desamor.
O autor diz que: “A opressão só existe quando se constitui em um ato proibitivo do ser mais dos homens”. (p. 44)
O ato de opressão ele começa quando os direitos do homem são retirados e consequentemente a sua liberdade, mas me pergunto quem tem esse direito? O “ser mais”, as vezes privilegiados pela situação financeira ou por obter mais estudo ou por deter o conhecimento, acaba tomando posse do oprimido, fazendo uso da sua vulnerabilidade. Retira a sua liberdade de expressão, e esse acaba condicionado a esse ato de opressão muitas vezes por necessidade.
A Justificativa da Pedagogia do Oprimido trata de seres dos dominantes onde a educação serve a pequenos grupos, utilizando como forma de opressão a manipulação.
Paulo Freire lança uma nova perspectiva a partir desse ponto a essa pratica pedagógica utilizando-se da pedagogia libertadora que leva os oprimidos a liberdade de expressão, constituindo um pensamento crítico considerando a bagagem do individuo. Esse ser é reumanizado e passa a ser sujeito de sua historia, se relacionando com o mundo e com os demais homens, deixando de lado o papel de receptor e tornando-se um mediador do processo. Essa pedagogia deve ser usada na promoção da reflexão sobre as causas de sua opressão e orientar para lutar contra o medo libertador, rompendo assim a manipulação, apresentando alternativas para a solução dessa relação de opressor e oprimido, evidenciando que a libertação deve ser liderada justamente pelo próprio oprimido depois de agir sobre si deve refletir o mundo e assim transforma-lo.


REFERENCIAS:

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, Justificativa da Pedagogia do Oprimido. 17ª. Edição, São Paulo: Editora Paz e Terra, 1987 cap. 1 p.29-56

Comênio

COMÊNIO

1ª. Frase: “ A essência do processo de ensino e aprendizagem – a didática na concepção comeniana – unia-se a uma das expressões mais fortes daquele momento: a ciência da natureza e das artes mecânicas.” (p. 40)
O autor fala que é necessário conhecer e compreender os fenômenos do universo e que as artes mecânicas são processos de transformação da natureza em máquinas.
Partindo do princípio que cada ser aprende de forma diferente um do outro, o autor utiliza os exemplos da natureza como didática de ensino, onde o professor seria um “jardineiro”, e o aluno, uma planta que tem necessidades diferentes.  Quando conseguimos entender o processo que ocorre na natureza, conseguimos aplicar no dia a dia, onde devemos olhar e ensinar de formas diferentes. As artes mecânicas são aquelas que imitam a natureza, como pintores, arquitetos e outros.
2ª. Frase: “ Da ideia que todo o mundo é uma escola, passa à ideia de que toda a vida humana é uma escola.”(p. 44)
O autor diz que o ideal é uma construção de um conhecimento universal, não só ligado a escola.
Nesse contexto o eu o autor quer dizer que devemos olhar além dos muros da escola, e aprender o máximo que o pudermos. Através da escola conseguimos enxergar melhor o mundo, mas as experiências que vamos adquirindo durante a nossa vida é uma construção de novos conhecimentos. Assim nossas vivências, e aprendizados são construídos durante toda a vida.
3ª. Frase: “...como educadores, devemos ser capazes de ler nosso momento particular e universal, apreendê-lo, expressá-lo em obras que deverão traduzir em novas práticas para responder às necessidades de educação atual, muito mais universal” (p. 45)
O autor expressa a dedicação de Comenio com o ensino, educação, conhecendo sua realidade e a traduzindo para todos os campos da vida humana.
Acredito que como educador devemos ser estudiosos para poder estar sempre um passo a frente. Ser conhecedor de diversas culturas e poder traduzir isso de diversas maneiras para nossos alunos. Nosso papel é ser mediador do conhecimento, é investir na educação.
 4ª. Frase: “No homem é inerente o desejo de saber e também de enfrentar (e não apenas de suportar) os esforços que isso implica.” (p.55)
O autor diz que no mundo nada pode ficar oculto. Dessa forma o homem é dotado de sentidos e razão.
Neste contexto o homem é um ser curioso. Tem a necessidade de ver, sentir, saber.  Com isso associo a idéia de Paulo Freire que o homem é um ser inacabado, está sempre em busca de algo.
5ª. Frase: “Deve-se dar início à formação do homem durante a idade primaveril, ou seja, durante a infância...”(p. 67)
O autor diz que é necessário o homem deve aprender ainda enquanto criança e em horas matinais.
Esta idéia que o autor traz, ele faz a comparação com a natureza, a forma de reprodução dos animais e as estações mais propicias para que esse processo ocorra. Da mesma forma acontece com o ser humano, onde na infância é o símbolo de “mente fértil”, onde se aprende de forma mais rápida, e o conteúdo deve estar no alcance de ser compreendido. Jamais deverá ser ensinado algo que não possa ser compreendido.
6ª. Frase: “Dissemos que a tinta didática é a voz do professor...”(p. 96)
O autor usa a metáfora que quando são impressos caracteres tipográficos, sem tinta ou secos, ficarão impressos de forma ilegível.
O autor quer dizer que ao darmos o conteúdo ou texto aos nossos alunos devemos conversar sobre este, senão não haverá compreensão e aprendizado. Quando debatemos, interagimos e memoramos sobre o assunto, e eles o colocam em prática, ficam marcas, há um aprofundamento do assunto. Então ficarão marcas em suas mentes e aí poderemos dizer que aquela informação transformou-se em conhecimento.

RESUMO
Comênius passa a ter um olhar para os alunos e o professor e ver como aplicar o conteúdo.
Cria uma didática que vai embasar a forma de planejar as aulas, métodos, técnicas e avaliação de conteúdo. Dessa forma preocupa-se com o conteúdo aplicado de acordo com o que o aluno pode aprender.
Ele relaciona a educação com a natureza, onde cada ser tem uma necessidade diferente e é preciso ensinar de várias formas para que se possa atingir a todos. Recupera a idéia de Lutero e passa a inserir na educação histórias, brincadeiras, música, dança e o lúdico. Com esse olhar ele olha para o passado e tudo que foi proveitoso e positivo insere nessa nova etapa.
A preocupação é no investimento da educação para a evolução da nação, com isso ele propõe uma reforma escolar e percorre alguns países e organiza a educação neles.



REFERENCIAS:

Marcondes, Martha. Jan Amos Comenio. Recife: Editora Maddangana

Sugestões de Caixas em EVA e Caixas Mágicas

Abaixo algumas ideias de Caixas Mágicas. 
Esses materiais foram construídos a partir de estudos realizados no ISEI (Instituição Superior de Ensino Ivoti) sob orientação da Professora Doutora em Educação Luciana Facchini.



































domingo, 26 de maio de 2013

Jogos e atividades com tampinhas



Diversas dicas de jogos e brinquedos utilizando tampinhas. 
Esses materiais foram construídos a partir de estudos realizados no ISEI (Instituição Superior de Ensino Ivoti) sob orientação da Professora Doutora em Educação Luciana Facchini.

Trabalhando o alfabeto

Trabalhando as cores


Trabalhando a sensibilidade

Trabalhando a divisão silábica


Trabalhando os animais, através do jogo da memória




Trabalhando os números



Dominó de tampinhas





Jogo das frutas.