domingo, 21 de abril de 2013

A Educação e o Processo de Mudança Social


A Educação e o Processo de Mudança Social
1 - INTRODUÇÃO
O homem é um ser que está sempre em busca de si mesmo, é um ser inacabado, portanto está constantemente buscando algo que lhe acrescente, construindo e desconstruindo conhecimentos. Este nunca está isolado, está em permanente comunicação, relacionando-se, educando-se,
2 – SABER IGNORÂNCIA
A EDUCAÇÃO TEM CARÁTER PERMANENTE. – GRAUS DE EDUCAÇÃO – A SABEDORIA PARTE DA IGNORÂNCIA
Conforme Freire “(...)a sabedoria parte da ignorância”, por menos que a pessoa saiba não é totalmente ignorante, ela possui saberes diferentes, partindo até da cultura local.
Quando superamos aquilo que já sabemos, o conhecimento anterior se torna ignorância, mas não devemos nos sentir superiores quando estamos com aqueles que têm um conhecimento menor, pois poderemos ter trocas significativas devido aos diferentes saberes.
3 – AMOR – DESAMOR
O amor está relacionado ao respeito entre duas pessoas, não existe amor quando há egoísmo, medo, intolerância, imposição e da mesma forma é a educação. Por isso devemos fazê-la com amor.
4 – ESPERANÇA – DESESPERANÇA
 O que seria da educação sem a esperança? Característica do homem, ser inacabado, faz com que haja a esperança e desesperança na educação.
5 – O HOMEM – UM SER DE RELAÇÕES
Estar no mundo, com o mundo e pelo mundo. Isso faz o homem um ser de relações, identificando-se com os outros ou não, podendo projetar-se nos outros, podendo enxergar as diferentes orbitas.
6 – CARACTERÍSTICAS
Reflexão: refletir sobre sua própria realidade.

Definição de epistemologia e a sua contribuição para a contribuição da aprendizagem do aluno.


Definição de epistemologia e a sua contribuição para a contribuição da aprendizagem do aluno.

Não há outra forma de definir epistemologia do que não como o estudo do conhecimento. Dentro desse estudo é visto a origem (o que é o conhecimento), a estrutura (como se obtém esse conhecimento), métodos e a validade do conhecimento.
Segundo o Professor Nilson Machado (palestra em vídeo) “...um computador não é bem informado ou mau informado, ele possui banco de dados.”
Ligando a definição de epistemologia com a frase acima podemos dizer que a base dessa estrutura é o banco de dados, onde existe uma acumulação, ou seja, somos saturados por eles. Quando tratamos esses dados vamos para outra etapa, que é a informação. Essa circula entre as pessoas, mas ela é efêmera, nasce e morre toda hora, porque é apenas um veículo de comunicação. Mas quando essa informação evolui, vira teoria, transforma-se em conhecimento.
O conhecimento é a compreensão de um determinado assunto ou vivência, onde temos uma visão organizada para entendermos o que está acontecendo.
Como já sabemos de que forma se constrói o conhecimento, observamos que tudo o que fazemos na escola é trabalhar essas informações para se que transforme em conhecimento.
Segundo Paulo Freire (2011, p. 24) “...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidade  para a sua produção ou a sua construção.”
De acordo com a citação acima, entendo que ensinar é fazer o educando refletir sobre suas ações e conteúdos, estimulando a curiosidade para a busca de novos saberes. O nosso papel como professor é fazer com que esse educando construa o seu conhecimento, pois afinal, não somos máquinas que acumulam dados e fazem apenas aquilo no qual está programada. Nós criamos a possiblidade para a sua produção, quando mostramos as diversas visões que se pode ter a partir de um ponto, ou seja, cada pessoa tem sua própria interpretação. Ao colocarmos diversas pessoas debatendo sobre determinado assunto, veremos com clareza que as ideias são diferentes e dessa forma ocorre o aprofundamento do conhecimento, onde há a ação, reflexão sobre a ação, que nos leva a uma nova ação.
Agora, para ensinarmos, é necessário ter o entendimento do que estamos ensinando e para isso é necessário conhecer, buscando esse aprendizado através de leituras e pesquisas, onde faremos a interpretação, compreensão e reflexão, onde formaremos um ciclo vicioso de uma busca continua de conhecimento.
Ao tomarmos posse dessas concepções, criamos métodos, caminhos ou maneiras de ensinarmos. Em sala de aula, saberemos como de agir, onde não existe apenas uma concepção correta, pois as pessoas já carregam consigo uma “bagagem” de saberes sociais e culturais que foram construídos na prática comunitária.
Sendo assim, o modo que a gente imagina como o conhecimento se constrói interfere no modo como ministramos as aulas.
Conforme Maria Villalobos (1969, p. 144) “...toda construção é sempre mais ou menos reflexiva e toda reflexão, por sua vez é mais construtiva em graus diversos.”
Entendo que quando construo uma ideia, posso posteriormente refletir, ou não, sobre ela, mas toda vez que reflito, acabo construindo uma nova ideia, onde posso aprofundá-la. Nessa construção o novo é construído do anterior e quando ocorre à reflexão, é acrescentado um novo elemento, e assim sucessivamente, formamos o conhecimento.
Esses graus de construção acontecem por toda nossa vida, e como exemplo, se eu comparar hoje, um texto que fiz quando cursava o ensino médio e um texto escrito hoje, existe uma diferença “gritante” em relação a termos e palavras utilizadas, porque aprendi diferentes formas de aprofundar e aprimorarei meus conhecimentos. Assim como existem muitos textos que ainda parecem complexos, daqui algum tempo serão superados com o desenvolvimento dos estudos, ou aprofundamento do conhecimento.
A reflexão e a construção andam lado a lado, pois não existe construção sem reflexão e não há reflexão sem construção.
O ser humano faz uma acumulação de fatos, mas temos a capacidade analisar e refletir sobre eles e ao organiza-los, obtendo a evolução mental, chegando ao conhecimento e posteriormente, aprofundando as reflexões, chegamos à inteligência.
Embora o computador seja a penas um banco de dados e informações, hoje em dia ele é fundamental para o desenvolvimento de nossas tarefas e pesquisas, pois utilizamos nosso conhecimento para desenvolver sistemas que nos ajudam na mineração dessas informações para o enriquecimento do conhecimento.
Os autores desse artigo trazem conceitos diferentes de como se constrói o conhecimento, mas podemos observar que todos eles têm uma base, um ponto de partida, sendo que a evolução se dá pela organização, compreensão e reflexão dessas ideias.
Podemos dizer que não existe contribuição da epistemologia para o aprendizado do aluno, porque não se trata apenas de contribuição, a epistemologia está envolvida em todos os estágios do desenvolvimento do educando, pois é tecida uma conexão de diferentes saberes, fazendo com que troquem suas experiências, aprofundando seus conhecimentos.



BIBLIOGRAFIA BASICA
Freire, Paulo, Pedagogia da Autonomia. São Paulo, Paz e Terra 2011
Villalobos, Maria da Penha. Didádica e Epistemologia. São Paulo, Ed Grijalbo 1969.