Justificativa
da Pedagogia do Oprimido
O
autor coloca que tanto o opressor como o oprimido são prisioneiros da
desumanização: “A desumanização, que não se verifica apenas nos que tem sua
humanidade roubada, mas também, ainda que de forma diferente, nos que a roubam,
é a distorção da vocação do ser mais” (p. 30).
Ao
praticar atos humanos, mais humanidade terá. Assim ao praticarmos a
desumanidade, mais desumanos nos tornaremos. Portando quando um ser se sente
superior, e pensa que tem a posse do outro, o trata como um ser insignificante,
este estará praticando a desumanidade, e esse ser “menos”, quando tiver a oportunidade
de ter o “poder” repetirá esses atos para demonstrar sua autoridade.
Ter
a sua humanidade roubada é não ter liberdade para novas conquistas e assim o
autor diz: “A liberdade que é uma conquista, e não uma doação exige uma
permanente busca”. (p. 34)
Essa
permanente busca é a marca do inacabamento, mas o oprimido acaba se acomodando e
essa condição faz com que ele tenha medo dessa liberdade, onde eles não se
sentem capazes de assumir riscos e buscar novos desafios. Podemos dizer que mesmo
sendo inacabado, o oprimido tem medo de repressões e por isso tem medo de
avançar em busca dos seus objetivos.
Para
que essa libertação aconteça é necessária uma mudança, assim como um parto,
onde nasce um novo homem pela superação, não sendo mais opressor ou oprimido,
mas homem liberto.
Na
visão do autor “Inauguram o desamor, não os desamados, mas os que amam, porque
apenas se amam”. (p. 42)
A
violência, tirania negação dos opressores é que faz os oprimidos homens
proibidos de ser. Esse desamor recebe como resposta a violência. São homens que
buscam o direito de ser.
O
egoísmo do opressor apenas olhando para si, em busca do seu conforto, sem um
olhar para o outro ser, é como um espelho, a imagem que se vê é a que reflete,
então se reflito desamor verei desamor.
O
autor diz que: “A opressão só existe quando se constitui em um ato proibitivo
do ser mais dos homens”. (p. 44)
O
ato de opressão ele começa quando os direitos do homem são retirados e
consequentemente a sua liberdade, mas me pergunto quem tem esse direito? O “ser
mais”, as vezes privilegiados pela situação financeira ou por obter mais estudo
ou por deter o conhecimento, acaba tomando posse do oprimido, fazendo uso da
sua vulnerabilidade. Retira a sua liberdade de expressão, e esse acaba
condicionado a esse ato de opressão muitas vezes por necessidade.
A
Justificativa da Pedagogia do Oprimido trata de seres dos dominantes onde a
educação serve a pequenos grupos, utilizando como forma de opressão a
manipulação.
Paulo Freire lança uma nova perspectiva a partir desse ponto a essa pratica pedagógica utilizando-se da pedagogia libertadora que leva os oprimidos a liberdade de expressão, constituindo um pensamento crítico considerando a bagagem do individuo. Esse ser é reumanizado e passa a ser sujeito de sua historia, se relacionando com o mundo e com os demais homens, deixando de lado o papel de receptor e tornando-se um mediador do processo. Essa pedagogia deve ser usada na promoção da reflexão sobre as causas de sua opressão e orientar para lutar contra o medo libertador, rompendo assim a manipulação, apresentando alternativas para a solução dessa relação de opressor e oprimido, evidenciando que a libertação deve ser liderada justamente pelo próprio oprimido depois de agir sobre si deve refletir o mundo e assim transforma-lo.
Paulo Freire lança uma nova perspectiva a partir desse ponto a essa pratica pedagógica utilizando-se da pedagogia libertadora que leva os oprimidos a liberdade de expressão, constituindo um pensamento crítico considerando a bagagem do individuo. Esse ser é reumanizado e passa a ser sujeito de sua historia, se relacionando com o mundo e com os demais homens, deixando de lado o papel de receptor e tornando-se um mediador do processo. Essa pedagogia deve ser usada na promoção da reflexão sobre as causas de sua opressão e orientar para lutar contra o medo libertador, rompendo assim a manipulação, apresentando alternativas para a solução dessa relação de opressor e oprimido, evidenciando que a libertação deve ser liderada justamente pelo próprio oprimido depois de agir sobre si deve refletir o mundo e assim transforma-lo.
REFERENCIAS:
FREIRE, Paulo. Pedagogia do
Oprimido, Justificativa da Pedagogia do Oprimido. 17ª. Edição, São Paulo: Editora
Paz e Terra, 1987 cap. 1 p.29-56
Freire sempre atual. Belo artigo. O diálogo só se justifica quando os envolvidos são respeitados e incentivados na construção do conhecimento.
ResponderExcluirO "Medo da Liberdade" de que fazem objeto os oprimidos, o medo da Liberdade pode fazer com que se torne opressores também.
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